‘Nova’ gasolina brasileira irá dificultar adulterações nos postos
ANP estabeleceu novos padrões para o derivado do petróleo e diminui, por exemplo, risco de adulteração por solvente; exigência começa em 30 dias
Por Boris Feldman 03/07/20 às 17h40
FONTE: https://autopapo.uol.com.br/noticia/nova-gasolina-adulteracao/
ANP estabeleceu novos padrões para o derivado do petróleo e diminui, por exemplo, risco de adulteração por solvente; exigência começa em 30 dias
Por Boris Feldman 03/07/20 às 17h40
FONTE: https://autopapo.uol.com.br/noticia/nova-gasolina-adulteracao/
Nossa gasolina já está entre as melhores do mundo, desde que se baixou seu teor de enxofre e sua elevada octanagem devido à presença do etanol anidro (25% na premium, 27% na comum). Entretanto, a qualidade no posto é outra história, devido à sua adulteração por donos de postos desonestos. E à dificuldade de fiscalização neste país de dimensões continentais com cerca de 90 mil postos.
Ainda não havia um padrão estabelecido para a densidade, ou massa específica (ME), fundamental para o bom funcionamento do motor. Pois, quanto menor a densidade, maior o consumo.
O problema é que a maioria dos solventes utilizados para se adulterar a gasolina tem peso (densidade) inferior. Então, a exigência de densidade mínima vai complicar a vida de quem “batiza” a gasolina com solventes, garantindo portanto um padrão de qualidade também no posto.
Mas, como será possível ao motorista conferir – no posto – se a nova exigência será cumprida? Simplesmente mergulhando na gasolina um densímetro calibrado entre 700 e 750 gramas por litro: se indicar valor abaixo de 715, é prova de combustível adulterado.
Todos os postos deverão disponibilizar o medidor para testar a densidade da gasolina a pedido do consumidor.
Octanagem vai aumentar?
Outra novidade é a alteração na classificação da octanagem: até então era o IAD, valor médio entre os dois sistemas de verificação: MON (Motor Octane Number) e RON (Research Octane Number). IAD é usado em alguns países, EUA e Brasil entre eles. Na Europa, a octanagem é definida pelo RON.
Nossa gasolina já está entre as melhores do mundo, desde que se baixou seu teor de enxofre e sua elevada octanagem devido à presença do etanol anidro (25% na premium, 27% na comum). Entretanto, a qualidade no posto é outra história, devido à sua adulteração por donos de postos desonestos. E à dificuldade de fiscalização neste país de dimensões continentais com cerca de 90 mil postos.
Ainda não havia um padrão estabelecido para a densidade, ou massa específica (ME), fundamental para o bom funcionamento do motor. Pois, quanto menor a densidade, maior o consumo.
O problema é que a maioria dos solventes utilizados para se adulterar a gasolina tem peso (densidade) inferior. Então, a exigência de densidade mínima vai complicar a vida de quem “batiza” a gasolina com solventes, garantindo portanto um padrão de qualidade também no posto.
Mas, como será possível ao motorista conferir – no posto – se a nova exigência será cumprida? Simplesmente mergulhando na gasolina um densímetro calibrado entre 700 e 750 gramas por litro: se indicar valor abaixo de 715, é prova de combustível adulterado.
Todos os postos deverão disponibilizar o medidor para testar a densidade da gasolina a pedido do consumidor.
Octanagem vai aumentar?
Outra novidade é a alteração na classificação da octanagem: até então era o IAD, valor médio entre os dois sistemas de verificação: MON (Motor Octane Number) e RON (Research Octane Number). IAD é usado em alguns países, EUA e Brasil entre eles. Na Europa, a octanagem é definida pelo RON.
Octanagem vai aumentar?
Outra novidade é a alteração na classificação da octanagem: até então era o IAD, valor médio entre os dois sistemas de verificação: MON (Motor Octane Number) e RON (Research Octane Number). IAD é usado em alguns países, EUA e Brasil entre eles. Na Europa, a octanagem é definida pelo RON.
Se ela é 80 MON e 90 RON, então é IAD 85, por exemplo.
A octanagem da nossa gasolina comum/aditivada é IAD 87. Da gasolina premium (BR Podium, por exemplo), IAD 95. A partir de 3 de agosto, ela não muda, mas terá a classificação RON 92 (=IAD 87) e a premium será RON 97.
Além disso, a ANP estabeleceu, para valer a partir de janeiro de 2022, octanagem um pouco maior, RON 93, para a comum/aditivada.
Outra exigência da ANP diz respeito à evaporação da gasolina. A adição de etanol tornou-a ainda mais volátil e, por isso, mais este cuidado para evitar problemas de dirigibilidade. Sua volatilidade pode até resultar em bloqueio nos dutos de combustível, provocado pela formação de bolhas (vapor lock).
Se ela é 80 MON e 90 RON, então é IAD 85, por exemplo.
A octanagem da nossa gasolina comum/aditivada é IAD 87. Da gasolina premium (BR Podium, por exemplo), IAD 95. A partir de 3 de agosto, ela não muda, mas terá a classificação RON 92 (=IAD 87) e a premium será RON 97.
Além disso, a ANP estabeleceu, para valer a partir de janeiro de 2022, octanagem um pouco maior, RON 93, para a comum/aditivada.
Outra exigência da ANP diz respeito à evaporação da gasolina. A adição de etanol tornou-a ainda mais volátil e, por isso, mais este cuidado para evitar problemas de dirigibilidade. Sua volatilidade pode até resultar em bloqueio nos dutos de combustível, provocado pela formação de bolhas (vapor lock).